domingo, 13 de setembro de 2015

Entre grades e liberdades. Entre conversas e beijos que libertam.

Eu não sei. 
Meu beijo deve te dar um sentimento de liberdade tão grande, que logo depois dele, você se sente tão livre que some. 
Eu não sei.
O seu beijo deve me dar um sentimento de liberdade tão grande, que logo depois dele, eu me sinto tão livre que eu sumo. 
Você me quer, e eu te quero também, mas o medo de errar nos afasta, já dizia a música.
Eu não sei.
Meu beijo deve te dar uma auto-estima estratosférica, que te deixa se sentindo o Brad Pitt, e você se sente tão bem sendo ele que resolve viver a vida de um gostosão hollywoodiano, e sai de casa atrás da sua Juliette Lewis, Jennifer Aniston, Gwyneth Paltrow. 
A loira, a morena, ruiva, japonesa, negra. Você sai atrás de todas. 
Mas e o meu beijo? Parece que serviu pra te impulsionar, pra te dar auto-estima e sair por aí até pegar todas da face da terra. 
Cuidado, que talvez eu seja a Angelina Jolie.

Tô aprendendo também...

Não entendo nada de jardinagem.

Não entendo nada de jardinagem.
Mas sabe quando um agricultor, ou um amante de flores, cultiva suas plantinhas, suas flores coloridas, e um dia se depara com ervas daninhas? 
Deve ser triste. 
Mas não, elas não apareceram ali de um dia pro outro. Não. 
Muito menos, o agricultor não sabia da possível existência de algo ruim, ou do início dela.
O fato é, ele gostava tanto de observá-las, eram tão lindas, tão perfumadas, e o faziam tão feliz.
Sim, faziam sim.
Mesmo sabendo que a possível erva daninha já estivesse por ali. 
Ele não queria se desfazer da boa sensação de ter aquilo tudo somente pra ele, afinal...
Ele plantou
Ele regou
Ele cultivou
Ele esperou
Ele viu começar a crescer. 
Sim, ele fez tudo sozinho, e não se importava com isso.
Ele não queria se desfazer do seu jardim florido.
Então, ele vivia e re-vivia do (lindo) fato passado de ter conseguido cultivar tudo aquilo. 
Era lindo, tenho que concordar, era mesmo. 
Mas estava acabando, ou já tinha acabado há muito tempo. 

Um belo dia. 
Belo?
Eu disse belo? 
Não, um triste dia na vida desse agricultor, ele percebeu que por mais que doesse muito, ele precisava arrancar pela raiz, todo aquele seu jardim florido, pois estava cada vez menos dando aquela alegria, que lhe dava no começo. 
E isso doeria somente nele, pois as rosas já não estavam mais ali, com toda aquela beleza e perfume de antes.
Elas já não se importavam. 
Já não sentiam mais nada. 
Já estavam mortas. 
E foi exatamente assim comigo.
Foi isso que eu fiz. 
Não no meu jardim, eu nem tenho um.
Foi no meu jardim do coração.
Sabe? As flores já estavam murchinhas.
Era necessário.
Era triste, mas necessário.
Fez abrir portas.
Fez abrir janelas.
Fez abrir mini portas.
Fez abrir mini janelas.
Fez abrir e desvendar novos caminhos.
Mas de fato era triste se desfazer de algo tão lindo. 
O amor que eu sinto ou sentia por você, era o jardim cheio de ervas daninhas. 
Eu sou o pobre agricultor, que cultivou tudo sozinho.
E as rosas são você, que já não estão nem aí, caso as tirem de lá ou não.


Tô aprendendo a arrancar ervas daninhas, e cultivar coisas boas também...