domingo, 24 de julho de 2016

Disfarço, disfarço, disfarço.

Resolvi te transformar em letras, palavras, sei lá... 
Sem pretensão e nem vontade de alguém ler e gostar...
Aqui dentro tudo é confuso. 
É mistura de saudade com medo de te encontrar.
É vontade com ansiedade do que pode achar.
É tremedeira sem parar.
É amor com falta do 'amar'.
Se te vejo penso em com você falar, mas não sei, não vou. 
Me travam, me travo.
Se me vê penso porque comigo você não veio falar, mas não sei.
Você se trava, te travam.
Você não sabe o que quer.
É, eu também não sei.
E é de verdade, sério, juro de pé junto, é um não sei profundo. 
Não sei o que quero de você.
Talvez na segunda, eu queira contigo casar.
Mas na terça, talvez queira só te abraçar. 
E quarta? Dormir abraçadinho como fizemos, já está bom.
Quinta, talvez eu só queira te bater e morder. 
Porque como meu sonho não pode ser?!
Mesmo não lembrando o que isso seja.
Não costumo dos sonhos lembrar.
Mas a sensação, esquecer não dá.
Sexta.... Sexta talvez eu nem queira te ver, é sério, juro.
Não fique mal meu amor, eu só quero dançar até o dia raiar.
Sozinha, ou com minhas duas amigas, e rir até a barriga apertar. 
Sábado talvez, eu só queira te deletar e vomitar...
A ressaca do dia anterior - sem você, foi difícil de aguentar...
Mas no domingo...
Ah, domingo...
Talvez eu queira te ver e transar, daquele jeito que só a gente sabe amar.
Olhos entre abertos, nossa respiração fica juntinha quase como numa engrenagem.
A gente respira e pira devagarinho.
Você me faz arrepiar quando suas mãos, pelas minhas costas passar...
Chegando até minha nuca, e com calma retira meu cabelo entre nossas bocas, e sorri...
Ele sempre está ali para nos atrapalhar e dividir...
Você alterna nossos momentos lentos pelos mais intensos.
O angelical vira carnal.
Num segundo.
Você está nervoso eu sei, percebo. 
Eu também, mas disfarço.
Eu sou boa nisso.
Disfarço.
Disfarço.
Disfarço.
Disfarço.
Disfarço o gostar.
Disfarço o amar.
Disfarço o desejar.
E disfarço também o querer pra sempre em seus braços ficar.